O CRF e os presidentes americanos
Em 1968, foi de novo a vez de Nixon, do
CFR, enfrentar o democrata Hubert Humphrey, do CFR. Em 1972, o presidente
Nixon, do CFR, venceu o adversário democrata George McGovern, do CFR Em 1976, o
presidente/candidato republicano Gerald Ford, do CFR, enfrentou o adversário
Carter, do CFR/ CT, e saiu derrotado. Em 1980, o presidente Carter foi
derrotado por Ronald Reagan que, embora não fosse membro do CFR, tinha em
George Bush um vice-presidente do CFR. Depois de ter sido eleito presidente,
Reagan colocou no seu gabinete 313 membros do CFR. O candidato independente do
terceiro partido e membro do CFR, nas eleições de 1980, foi John Anderson.
Em
1984, o presidente Reagan enfrentou o candidato democrata Mondale, do CFR. Em
1988, o candidato republicano ao cargo de presidente, ex-chefe da CIA e membro
do CFR George Bush enfrentou Michael Dukakis, pouco conhecido governador do Massachusetts, do CFR. Em 1992, o presidente Bush teve como
adversário, para a Presidência dos Estados Unidos, um obscuro governador do atrasado
Estado do Arkansas, Bill Clinton, bilderberger e membro do CFR. Em 1996,
Clinton venceu um desafio forte por parte de um veterano republicano e membro
do CFR, Robert Dole.
Em 2000, o democrata AI Gore, do CFR, defrontou o
governador do Texas, o republicano George W Bush. Bush não é membro do CFR,
mas, como é sempre o caso, está bem representado pelo Sistema nos corredores do
poder. O núcleo duro da equipa de Bush é formado por Condoleezza Rice, Dick
Cheney, Richard Perle, Paul Wolfowitz, Lewis Ubby, Colin Powell e Robert Zoellick, todos
membros do CFR. Em 2004, como já referi, o presidente em exercício, Bush,
enfrentou um adversário do CFR e Bilderberg, o democrata John Kerry.
Com efeito, entre 1928 e 1972, um membro
do CFR ganhou sempre as eleições presidenciais (com excepção de Lyndon Johnson,
que compensou largamente o Sistema preenchendo a maior parte dos cargos mais
importantes do Governo com membros do CFR).
O logro público fica
completo quando o poder executivo muda de mãos entre administrações
republicanas e democratas, mas os lugares no governo são sempre detidos por
membros do CFR. Como disse o célebre colunista americano Joseph Kraft, na
revista Haryer}, em Julho de 1958: «O
Council desempenha um papel especial ajudando a transpor o fosso entre os dois
partidos, proporcionando, oficiosamente, alguma continuidade quando há render
da guarda em Washington.» Não é surpreendente. o presidente Clinton, ele próprio
membro do CFR, da Comissão Trilateral e do Clube Bilderberg, empregou quase cem
membros do CFR na sua administração. George Bush pai tinha 387 membros do CFR e
da CT na sua administração. Ronald Reagan, 313.
Nixon, no início da sua
Administração, colocou 115 membros do CFR em posições-chave no Executivo. Dos
primeiros 82 nomes de uma lista elaborada para ajudar o presidente Kennedy a
escolher os funcionários para o seu Departamento de Estado, 63 pertenciam ao
CFR, segundo o artigo de Arnold Beichman no Christian
Science Monitor, intitulado apenas «Council on Foreign Relations»,
publicado a 1 de Setembro de 1961. Com efeito, o CFR tem funcionado
praticamente como agência de emprego do governo federal, tanto sob os
democratas como sob os republicanos.
A maior parte dos cargos mais importantes
da administração norte-americana, tanto nas Presidências democratas como nas
republicanas, é ocupada por membros do CFR, como o leitor verá, repetidamente,
ao longo deste capítulo. A equipa de Clinton e Gore também foi financiada e
apoiada pelo CFR.
O presidente do CFR é David Rockefeller.
Os presidentes vêm e vão, mas o poder - e o programa - do CFR mantém-se sempre.
George Wallace, quatro vezes candidato presidencial democrata, nas décadas de
1960 e 1970, tomou famoso o slogan de
que não existe diferença alguma entre os partidos democrata e republicano.
Alguma vez se perguntaram por que razão as políticas do governo nunca parecem
mudar mesmo quando houve mudanças «fIlosóficas» significativas no seio do
governo em exercício?
Quer esteja no poder um democrata, um republicano, um
conservador ou um liberal, as diferentes retóricas dos candidatos parecem fazer
pouca diferença junto daqueles que realmente ganham as eleições: os decisores
que puxam os cordelinhos continuam a ser os mesmos. A razão para tal, afirma
Gary Allen no seu brilhante e actualmente esgotado best-seller The Rockejeller File é «que, embora as bases democratas
e republicanas tenham pontos de vista muito divergentes no que se refere à
economia, às políticas e às actividades federais, à medida que vamos subindo na
pirâmide política, os dois partidos se tornam cada vez mais semelhantes».
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