MERETRIZES DO JORNALISMO
«A
nossa missão não é darmos às pessoas o que querem, mas sim o que decidimos que
devem ter.»
RICHARD
SALANT, antigo presidente da CBS News
Um dos segredos mais bem guardados é até
que ponto um punhado de gigantescos conglomerados, todos eles pertencentes ao
secreto Clube Bilderberg, ao Council on Foreign Relations, à NATO, ao Clube de
Roma, à Comissão Trilateral, à Maçonaria, à Skull and Bones, à Távola Redonda,
à Milner Society e à Aristode Society dos Jesuítas controlam o fluxo de
informação em todo o mundo e determinam o que vemos na televisão, ouvimos na
rádio e lemos nos jornais, revistas, livros ou na Internet.
«Assistir à conferência anual de
Bilderberg é compreender como os Senhores do Novo Mundo se reúnem em segredo e
conspiram com a conivência dos principais meios de comunicação», lamentou-se um
dia Jim Tucker, da American Free Freis, o
inimigo número um de Bilderberg e um homem que os tem perseguido por todo o
mundo, nos últimos 30 anos.
Bilderberg contou, num ou noutro momento,
com representantes de todos os principais jornais norte-americanos e europeus e
as grandes cadeias noticiosas estão presentes. Fazem-no com base na promessa de
que não noticiarão nada. É assim que Bilderberg mantém um blackout noticioso praticamente total, nos Estados Unidos e na
Europa.
Se fizermos uma busca superficial nas
páginas Web dos principais meios noticiosos mundiais, não encontramos nem uma
referência ao grupo importantíssimo que conta entre os seus membros todos os
políticos, homens de negócios e financeiros mais importantes, para já não falar
em qualquer referência ao início das hostilidades no Iraque, nem sequer por
parte da imprensa que assistiu à reunião de Bilderberg de 2002. Uma das mais
graves altercações entre membros de Bilderberg ocorreu na reunião anual de
2002, nos Estados Unidos. Os bilderbergers europeus exigiram a presença
imediata do secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, para ouvirem
em primeira mão, da boca do secretário, os planos norte-americanos para a
guerra. Rumsfeld, obrigado a alterar drasticamente os seus encontros políticos,
apareceu perante os indignados bilderbergers europeus para prometer, em nome do
governo Bush, que não ocorreria qualquer ataque contra o Iraque antes de
Fevereiro ou Março de 2003.
Ora bem, se eu sei disto, embora com excelentes fontes internas que
me fornecem informações dia e noite, como é possível que o peixe graúdo do
mundo dos meios de comunicação que assistiram à reunião não soubesse algo tão
elementar?10
A American
Free Press11 (de Jim Tucker) informou os seus leitores, em Junho
de 2002, de que, de acordo com as suas fontes dentro do Clube Bilderberg, a
guerra do Iraque fora adiada até Março de 2003, numa altura em que a imprensa
de todo o mundo se referia ao ataque iminente programado para o Verão ou início
do Outono de 2002. (A reunião de Bilderberg de 2002 realizou-se entre 30 de
Maio e 2 de Junho. Rumsfeld, o secretário da Defesa de Bush, foi convocado a 30
de Maio e compareceu a 31 de Maio. Os bilderbergers extorquiram-lhe uma
promessa de que a administração Bush NÃO INICIARIA A GUERRA antes do ano
seguinte. Não será uma notícia suficientemente importante para ser transmitida
ao mundo na primeira página dos jornais?) Apesar disso, os maiores jornais,
como o New York Times e o Washington Post, cujos membros
constituem a verdadeira fibra do Clube ,~ Bilderberg, tinham ordens explícitas
para NÃO COBRIR a que teria sido, sem dúvida, a notícia do Verão de 2002.
O correspondente diplomático da Amencan Free Press junto da ONU,
Christopher Bollen, perguntou a um grupo de jornalistas que aguardava o início
de uma conferência de rotina porque é que tudo o que se relaciona com
Bilderberg é censurado pelos mais «respeitados» editores dos jornais nacionais.
A sua pergunta suscitou o riso irónico na sala de imprensa.
«Os bilderbergers foram retirados da nossa
lista de tarefas, há muitos anos, por ordem da administração», disse Anthony
Holder, ex-correspondente na ONU do Economist
(de Londres), o principal semanário económico do mundo. «Mal nos damos
conta da existência [dos bilderbergers], e não noticiamos as suas actividades»,
afirmou William Glasgow, o responsável pela cobertura de tais organizações
internacionais na Business Week. «Não
podemos deixar de ter algumas suspeitas quando as prioridades do futuro da
humanidade estão a ser analisadas, por aqueles que realmente têm influência
nesse futuro, em total secretismo12.»
«O envolvimento dos Rockefeller com os
meios de comunicação social tem múltiplas implicações. Uma é que os planos do gang de Rockefeller em termos de um
Governo Mundial monopolista nunca, mas nunca, são discutidos nas máquinas de
desinformação de massas. Os média decidem quais irão ser as questões no país.
Podem realçar a questão da pobreza ou podem silenciá-la. O mesmo acontece com a
explosão demográfica, a poluição, a paz, a détente,
ou o que quer que seja13.»
«Os meios de comunicação social podem pegar num homem como Ralph
Nader e fazer dele um herói nacional, instantaneamente. Ou podem
pegar num inimigo dos Rockefeller e criar a imagem de que é um cretino, um
tonto, um fanático ou um paranóico perigoso.» (Ibid.) Ralph Nader, um perpétuo candidato presidencial
«independente», «muito admirado pela sua posição anti-sistema», é financiado
pela rede Rockefeller na sua tentativa de destruir o sistema de liberdade
empresarial. Os principais financiadores de Ralph Nader são a Ford Foundation e
a Field Foundation, ambas ligadas ao CFR. Segundo um artigo da Business Week republicado no Congressional Record de 10 de Março de
1971, «]ohn D. Rockefeller IV é assessor de Nader».
«Com o dinheiro, os Rockefeller adquiriram
o controlo dos média. Com os média, a família obteve o controlo da opinião
pública. Com o controlo da opinião pública, obteve o controlo da política. E,
com o controlo da política, estão a assumir o controlo da nação14.»
«Estamos gratos ao Washington Post, ao New York
Times, à Time Magazine e a outras
grandes publicações», disse David Rockefeller, «cujos directores estiveram
presentes nas nossas reuniões e respeitaram, durante quase quarenta anos, as
suas promessas de discrição.» E, em seguida, explicou: «Ter-nos-ia sido
impossível desenvolver o nosso plano para o mundo se, ao longo desses anos,
tivéssemos estado sob os holofotes da publicidade. Mas o mundo está muito mais
sofisticado e preparado para avançar para um governo mundial. A soberania
supranacional de uma elite intelectual e banqueiros mundiais é, certamente,
preferível à autodeterminação nacional exercida em séculos passados.»
Entre os convidados contam-se Juan Luis Cebrián do Grupo PRISA
(frequente); Arthur Sulzberger, director do New York Times e membro do Council on Foreign Relations; Peter ]ennings,
pivot e editor principal do World News Tonight, da ABC; Thomas L.
Friedrnan, colunista do New York Times, vencedor
do
Prémio Pulitzer e membro do Council on Foreign Relations e da
Comissão
Trilateral15.
O que se discute nas reuniões anuais de Bilderberg
é utilizado para gerar notícias nos principais jornais e grupos noticiosos do
mundo, concebidas para exortar e pressionar os líderes mundiais a submeterem-se
às «necessidades dos Senhores do Universo» bem como a instilar nas mentes do
público em geral as opiniões prevalecentes que os bilderbergers decidiram que,
no futuro próximo, serão política pública. A incorrectamente chamada «imprensa
livre», totalmente à mercê dos bilderbergers, difundiu o combinado no que se
refere a propaganda.
O que é mais perturbante é que empresas
com cotação na bolsa tentem manter secreta a lista dos convidados de Bilderberg
e que a grande imprensa raramente noticiem sequer o acontecimento. A Microsoft,
a AT&T, a Bechtel, a Cisco, a Compaq, a Price Water-house Coopers não têm
nada a temer da imprensa. Deixemos de lado que a Microsoft e a NBC são
co-proprietárias da rede de cabo MSNBC (www;msnbc.com). Com efeito, entre os
nomes dos convidados frequentes de Bilderberg podemos encontrar o de Anthony
Ridder, da KnightRider, Inc., a segunda maior cadeia de jornais
norte-americana, que detém publicações como o Detroit Free Press, o Miami
Herald e o Philadelphia Inquirer.
Na edição de Agosto/Setembro de 1993, a
prestigiosa revista holandesa Exposure referiu
pormenores inquietantes relacionados com os órgãos de controlo das três maiores
e mais prestigiadas cadeias de televisão dos Estados Unidos, a NBC, a CBS e a
ABC. Todas as três cadeias de televisão surgiam como emanações da RCA. O que
significa que a política social decidida pelo Tavistock parte da ideia de que
as massas podem ser manipuladas.
Estas organizações e instituições que, teoricamente, estão em
«concorrência» entre si, e fazem parte da «independência» que
garante que os
Americanos gozam de notícias não tendenciosas, estão estritamente
entrosadas e interligadas com inúmeras empresas e bancos, o que toma quase
impossível desligá-las. Que aconteceria se o povo dos Estados Unidos soubesse
que as três maiores cadeias de televisão norte-americanas estavam sujeitas a
lavagem ao cérebro pelo Tavistock lnstitute for Behavioural Analysis, o mais
importante centro de lavagem ao cérebro do mundo, e pelo Ml6, a mais
sofisticada instituição de informações de todo o mundo, como reagiriam? A
investigação da Exposure foi obra do
investigador da Nova Ordem Mundial, Eustace Mullins.
A NBC é propriedade da General Electric,
«Uma das maiores empresas do mundo e que tem uma longa história de actividade
anti-sindical. A GE, um financiador importante do Partido Republicano, tem
interesses financeiros substanciais no fabrico de armas, finanças, energia
nuclear e muitas outras indústrias. O antigo CEO Jack Welsh foi um dos líderes
no processo de fechar fábricas na América e transferi-las para países com
salários baixos, como a China e o México»16.
A NBC é uma subsidiária da
RCA, um conglomerado de meios de comunicação social. Do conselho de
administração da RCA faz parte Thomton Bradshaw, presidente da Atlantic
Richfield, do World Wildflife Fund, do Clube de
Roma, do The Aspen lnstitute for Humanistic Studies e do Council on
Foreign Relations.
Bradshaw é também presidente da NBC. A
função mais importante da NBC foi o serviço que prestou aos serviços de
informações britânicos. (A Direcção da RCA é formada por figuras da elite anglo-americana
que pertencem a outras organizações como o CFR, a NATO, o Clube de Roma, a
Comissão Trilateral, a Maçonaria, Bilderberg, a Távola Redonda, etc. Importante
é um determinado
David Samoff que se mudou para Londres na mesma altura em que Sir William
Stephenson se mudou para o edifício RCA, em Nova lorque.) Entre os
directores da NBC referidos por Mullins, no artigo da Exposure, contavam-se: John Brademas
(CFR, CT, Bilderberg), director da
Rockefeller Foundation; Peter G. Peterson (CFR), antigo presidente da Kuhn,
Loeb & Co. (Rothschild) e ex-secretário do Comércio norte-americano; Robert
Cizik, presidente da RCA e da First City Bancorp, que foi identificado num
testemunho perante o Congresso como um banco Rotschild; Thomas O. Paine,
presidente da Northrup Co. (grande detentora de contratos de defesa) e director
do Instituto de Estudos Estratégicos, de Londres; Donald Smiley, director de
duas empresas Morgan, a Metropolitan Ufe e a US Steel;
Thomton Bradshaw, presidente da RCA, director do Rockefeller
Borthers Fund, da Adantic Richfield Gil e do Aspen Institute of Humanistic
Studies (sendo os dois últimos presididos por um bilderberger, Robert O.
Anderson). Obviamente que a administração da NBC tem uma considerável
influência Rockefeller-RotschildMorgan.
A ABC é propriedade da Disney Corp., «que
produz brinquedos e produtos em países em desenvolvimento onde proporciona aos
seus trabalhadores salários e condições de trabalho vergonhosos»17 Possui
152 estações de televisão. O Chase Manhattan controla 6,7 % das acções da ABC -
o suficiente para lhe permitir o controlo. O Chase, através do seu departamento
empresarial, controla 14 % da CBS e 4,5 % da RCA Em vez de três cadeias de
televisão concorrentes chamadas NBC, CBS e ABC, o que temos realmente é a Rockefeller
Broadcasting Company, o Rockefeller Broadcasting System e o Rockefeller
Broadcasting Consortium.
A CBS é propriedade da Viacom, tem mais de
200 televisões e 255 rádios filiadas em todo o país. Este «enorme conglomerado
de meios de comunicação social possui, entre outras entidades, a MTv; a Show
Time, a Nickelodeon, a VH1, a TNT, a CMT, 39 emissoras de televisão, 184
estações de rádio, a Paramount Pictures e a Blockbuster Inc18.
William Paley recebeu formação em técnicas de lavagem ao cérebro de massas no
Tavistock Institute, em Londres, antes de lhe ter sido dada a presidência do
conselho de administração da CBS.
A expansão financeira da terceira cadeia
«independente», a CBS, foi supervisionada, durante muito tempo, pela Brown
Brother Harriman e pelo seu principal sócio, Prescott Bush, que era director da
CBS. A administração da CBS incluía: William S. Paley (Comité dos 300), o
presidente (a quem Prescott Bush arranjou pessoalmente o dinheiro para comprár
a empresa); Harold Brown (CFR), director executivo da Comissão Trilateral e
ex-secretário da Força Aérea e da Defesa dos Estados Unidos; Michel C.
Bergerac, presidente da Revlon, e director do Manufacturers Hanover Bank
(Roilischild); Newton D. Minow (CFR), director da Rand Corporation e, entre muitas
outras, da Ditchley Foundation, que está estreitamente ligada ao Tavistock
Institute, de Londres, e ao Clube Bilderberg. O ex-presidente da CBS era o Dr.
Frank Stanton (CFR), que também é curador da Rockefeller Foundation e da
Carnegie Institutionl9. Convém saber que as famílias Rotschild e Rockefeller
são as principais famílias por detrás do estritamente controlado domínio das
comunicações. Respondem directamente perante os bilderbergers.
Segundo James Tucker, «os bilderbergers
estão convencidos de que a opinião pública segue os passos dos indivíduos
influentes. Os membros do grupo preferem trabalhar com um número reduzido de
pessoas de confiança e não através de grandes campanhas de publicidade».
O Fox News Channel (um dos 5 grandes) é
propriedade de Rupert Murdoch, que «detém uma parte significativa)) dos meios
de comunicação social do mundo. A sua cadeia tem «estreitas ligações)) com o
Partido Republicano e, entre os seus comentadores “justos e equidistantes”,
conta-se Newt Gingrich - antigo líder republicano da Câmara de Representantes.
Todas as cinco cadeias estão estritamente
interligadas com Bilderberg, o Council on Foreign Relations e a Comissão
Trilateral. Então, como é que pode afirmar-se que as cinco cadeias de televisão
norte-americanas, através das quais a esmagadora maioria dos americanos recebe
as notícias, são independentes?
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