A Lista de Convidados


A LISTA DE CONVIDADOS

Ninguém pode comprar a entrada numa reunião de Bilderberg, embora muitas empresas tenham tentados. O comité de direcção decide quem convidar aqueles a quem o Guardian de Londres chama, acertadamente, uma «pessoa de Bilderberg», um conceito que não sofreu alteração em 50 anos de reuniões secretas - um socialista fabiano* e um entusiasta da Nova Ordem Mundial.
Segundo uma fonte pertencente ao comité de direcção, «os convidados têm de vir sozinhos; sem esposas, namoradas, maridos ou namorados. Os 'assistentes pessoais' (guarda-costas armados até aos dentes, geralmente antigos agentes da CIA, do MI6 e da Mossad), não podem participar na conferência e têm de comer numa sala separada. Nem mesmo o 'assistente pessoal' de David Rockefeller pode fazer-lhe companhia ao almoço. Os convidados são explicitamente proibidos de conceder entrevistas a jornalistas».

Para manterem a sua aura de hermetismo, os bilderbergers reservam um hotel para todo o período da conferência, que costuma variar entre 3 e 4 dias, sendo todo o edifício esvaziado de todos os outros hóspedes pela CIA e a Mossad israelita, para garantir a total privacidade e segurança dos delegados. É proibida a divulgação de qualquer desenho da distribuição dentro do hotel, o pessoal é investigado exaustivamente, a sua lealdade é controlada, os seus antecedentes são verificados, bem corno as suas filiações politicas e quaisquer suspeitos são afastados durante esse período.

«Policias com equipamento de combate e cães vistoriam todos os veículos de entregas, por dentro e por fora, por cima e por baixo, e depois escoltam-nos até à entrada dos fornecedores. Agentes armados patrulham os bosques das redondezas e homens carrancudos com auscultadores dos serviços de segurança guardam as entradas. Quem quer que se aproxime do hotel e que não esteja relacionado com o controlo do planeta é obrigado a afastar-se6

O governo nacional anfitrião torna a seu cargo todas as questões de segurança dos participantes e seus acompanhantes. Paga também os custos da protecção militar, da presença dos serviços secretos, da policia nacional e local, bem corno toda a segurança privada adicional destinada a proteger a intimidade e privacidade da toda-poderosa elite mundial. Não é exigido aos participantes que cumpram as leis e regulamentos do país anfitrião, tais corno controlos alfandegários, utilização de documentos de identidade adequados, corno passaportes, que não são exigidos nas visitas de Bilderberg. Quando se reúnem, ninguém que não conste da lista de participantes pode aproximar-se do hotel. A elite traz os seus próprios chefes de cozinha, cozinheiros, criados, secretários, telefonistas, copeiros, pessoal de limpeza e de segurança.


*

O socialismo Fabiano é um movimento de socialismo utópico de recorte elitista que toma o nome de Fábio, o general romano que defrontou Aníbal e que o conteve sem lutar contra ele, à espera de que chegasse o momento oportuno. Os socialistas fabianos propunham a expansão das ideias através de uma paciente e progressiva instilação da ideologia socialista entre os círculos intelectuais e de poder.



Os quartos são pagos pela organização - o Clube Bilderberg. Têm o preço modesto de 1200 euros por quarto. O mesmo acontece com as refeições preparadas por um chefe de cozinha com três estrelas no Guia Michelin. Um dos critérios de escolha do hotel é a disponibilidade dos melhores e mais célebres chefes de cozinha. O outro é o tamanho da localidade (sempre uma pequena cidade, longe dos holofotes de uma grande cidade e dos curiosos). As pequenas cidades têm a vantagem acrescida de permitir que os «assistentes pessoais» com grandes armas apareçam à frente de toda a gente sem que se façam perguntas. As contas de telefone, serviço de quartos e lavandaria são pagas pelos participantes. Foi-me dito por um membro do pessoal do Trianon Palace, em Versalhes, em 2003, que a conta telefónica de David Rockefeller atingiu os 14 000 euros em três dias. Segundo fontes que participaram também em reuniões de Bilderberg, não seria exagerado afirmar que os quatro dias de «festival globalista» custam 10 milhões de euros, que é mais do que custaria proteger o presidente dos Estados Unidos ou o Papa numa das suas muitas viagens internacionais. É claro que nem o presidente nem o Papa são tão importantes como o Governo-Sombra Secreto que dirige o planeta. Há quatro sessões diárias - duas de manhã e duas de tarde, excepto aos sábados, em que há apenas uma sessão à noite. Na manhã de sábado, entre o meio-dia e as três da tarde, os bilderbergers jogam golfe, nadam, acompanhados pelos seus «assistentes pessoais», participam num cruzeiro ou num passeio de helicóptero.

A disposição dos lugares é segundo uma ordem alfabética rotativa. Num ano, Umberto Agnelli, o já falecido presidente da Fiat, sentou-se à frente. No ano seguinte, Klaus Zumwinkel, presidente da Deutsche Post Worldnet e da Deutsche Telekom, tomou o seu lugar. Os Estados Unidos têm o maior número de participantes em virtude do seu tamanho.

Cada país envia uma delegação de, geralmente, três pessoas, um dirigente industrial QU empresarial, um ministro importante ou um senador e um intelectual ou director do principal jornal. Países mais pequenos, como a Grécia ou a Dinamarca, têm direito, no máximo, a dois lugares.

As conferências contam geralmente com um máximo de 130 delegados. Dois terços dos participantes provêm da Europa e os restantes vêm dos Estados Unidos e Canadá. Os globalistas mexicanos pertencem a uma organização irmã menos poderosa, a Comissão Trilateral. Um terço dos delegados provém do governo e da política e os restantes dois terços da indústria, da finança, do ensino, do mundo laboral e das comunicações. A maior parte dos delegados é fluente em inglês, sendo o francês a segunda língua preferida.

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