BILDERBERG, DE PERTO E PESSOAL


Otto Wolff von Amerongen, o presidente e CEO da Otto Wolff GmbH, da Alemanha, e um dos membros fundadores de Bilderberg, explicou que a reunião era estruturada com introduções breves a um determinado tópico e, em seguida, uma discussão geral. Wolff von Amerongen, um homem a quem é atribuída a revitalização dos laços comerciais entre a Alemanha e o antigo bloco soviético, funcionou como embaixador informal da Alemanha na Rússia. O passado deste homem «amável» liga-o ao roubo, pela Alemanha nazi, dos bens dos judeus, durante a Segunda Guerra Mundial. Werner Ruegemer, que co-realizou, em 2001, um documentário televisivo sobre a empresa familiar de Wolff, disse que este foi espião nazi em Portugal, implicado na venda do ouro pilhado aos bancos centrais das nações europeias que Hider vencera e de acções que haviam sido roubadas aos judeus. Wolff forneceu também tungsténio, um metal crucial para os armamentos utilizado para endurecer o aço das espingardas e peças de artilharia, afirmou Ruegemer. Nessa altura, Portugal era o único país que exportava tungsténio para a Alemanha.



Dois delegados que preferiram permanecer anónimos, mas que se pensa serem britânicos, explicaram que há um grupo de trabalho formado por um moderador e duas ou três pessoas. Seis «grupos de trabalho», cada um com três membros, orientam as conversas. Após um discurso introdutório de cerca de dez minutos, os restantes participantes escolhem - quando querem participar na conversa - se pretendem falar durante um, três ou cinco minutos - erguendo um, três ou cinco dedos. Os que vão falar durante um minuto são os primeiros a usar da palavra. Cada um tem cinco minutos para falar sobre o tema em questão e depois há «perguntas de análise, que têm uma duração de 5, 3 ou 2 minutos». Não há documentos introdutórios, e não há actas, embora seja exigido aos delegados que preparem antecipadamente as suas intervenções. A lista inicial de participantes «propostos» é posta a circular logo em Janeiro, sendo a selecção final realizada em Março. Para evitar infiltrações, o Comité de Direcção de Bilderberg marca a data da reunião com quatro meses de antecedência, mas o nome do hotel só é anunciado uma semana antes. Na cerimónia de abertura da reunião, o presidente lembra as regras de procedimento de Bilderberg e, em seguida, passa para o primeiro ponto da ordem de trabalhos. Bilderberg marca todo o material que distribuiu aos seus membros com «pessoal e estritamente confidencial, e não para publicação».


RECRUTADO PELOS BILDERBERGERS

É importante fazer uma distinção entre os membros activos, que estão presentes todos os anos, e os outros que só são convidados ocasionalmente. Cerca de 80 pessoas são membros regulares que estiveram presentes ao longo de muitos anos. As personalidades marginais, que são convidadas para fazerem comunicações sobre temas relacionados com a sua esfera de influência e conhecimentos profissionais e académicos, não fazem a menor ideia de que existe uma estrutura formal de grupo por detrás do Clube Bilderberg, para já não falar na total ignorância quanto às metas mais amplas e objectivos universais do Clube. Um pequeno grupo de individualidades escolhidas é convidado porque os bilderbergers pensam que podem ser ferramentas úteis no seu plano globalista e são ajudadas a vencer eleições para cargos com poder. Entre eles, Esperanza

Aguirre. Caso contrário, estes convidados de uma única vez são postos de lado.

(Jordi Pujol, Bilderberg, La Toja, Galiza, Espanha.)

O exemplo mais espectacular de «recruta útil» foi o obscuro governador do Arkansas, Bill Clinton, que assistiu à sua primeira reunião de Bilderberg em BadenBaden, na Alemanha, em 1991. Aí, foi-lhe dito, por David Rockefeller, o que era a NAFTA e que ele, Clinton, iria apoiá-la. No ano seguinte, foi eleito presidente.

Vejamos a lista de importantes progressões de carreira em nomeações democráticas:

1)             Bill Clinton: participa na reunião de Bilderberg, em 1991- vence a nomeação do Partido Democrata. Eleito presidente em 1992.

2)             Tony Blair: participa na reunião de Bilderberg de 1992 - toma-se líder do partido em Julho de 1994 - toma-se primeiro-ministro em Maio de 1997.

3)             Romano Prodi: participa na reunião de Bilderberg em 1999 - presta juramento como presidente da Comissão Europeia em Setembro de 1999.

4)             George Robertson - NATO: participa na reunião de Bilderberg em 1998 torna-se secretário-geral da NATO em Agosto de 1999.
FRANÇOIS MITTERRAND

A 10 de Dezembro de 1980, François Mitterrand, um homem que fora posto de lado na vida política francesa, foi ressuscitado oficialmente por ordem do Comité dos 300, o irmão mais velho de Bilderberg. Segundo a fonte de informações de John Coleman (autor de Conspirators Hierarcby: lhe Story of lhe Committee of 300, America West Publishers, 1992), «Mitterrand estava a ser erguido do chão, espanejado e devolvido ao poder). Cito o discurso que marcou o seu regresso à cena política:

«O desenvolvimento industrial capitalista é o oposto da liberdade. Temos de lhe pôr fim. Os sistemas económicos dos séculos xx e XXI usarão máquinas para esmagar o homem, primeiro no domínio da energia nuclear que já está a produzir resultados formidáveis.»

As reflexões de Coleman fazem-nos estremecer. «O regresso de Mitterrand ao Palácio do Eliseu foi um grande triunfo para o socialismo. Provou que o Comité dos 300 era suficientemente poderoso para prever acontecimentos e, em seguida, torná-los realidade, pela força, ou por quaisquer outros meios necessários para provar que podia esmagar toda e qualquer oposição, mesmo que, como no caso de Mitterrand, ele tivesse sido rejeitado totalmente, poucos dias antes, por um grupo político de Paris», ou seja, a Frente Nacional de Le Pen e um grande segmento do seu próprio partido socialista.

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