OS PARTICIPANTES
Os Participantes
Os participantes afirmam que estão
presentes na reunião mundial como cidadãos e não na sua qualidade de
governantes - embora essa afirmação seja bastante dúbia: nos Estados Unidos
(Lei Logan) é totalmente ilegal que funcionários eleitos se encontrem em
privado com multimilionários para debater e elaborar políticas públicas.
A Lei Logan destinava-se a proibir que
cidadãos norte-americanos sem poderes governativos interferissem nas relações
entre os Estados Unidos e governos estrangeiros. Parece que ninguém foi
processado ao abrigo desta lei em quase 200 anos de história. No entanto, tem
havido inúmeras referências judiciais à lei e não é invulgar ser utilizada como
arma política. Mas isto não significa que os cidadãos possam fazer tudo o que
querem quando visitam países estrangeiros ou interagem com eles. Não podem
exportar ou vender armas ilegalmente, a não ser, é claro, que pertençam a um
supersecreto Clube Bilderberg, caso em que não só podem beneficiar de vendas
ilegais de armas e drogas e influenciar o tráfico, como são incentivados a
interferir nas questões internas de Estados independentes.
Entre aqueles que estiveram presentes nas suas reuniões, contam-se:
Allen Dulles (CIA), senador William J. Fulbright (do Arkansas, um
Académico de Rhodes), Dean Acheson (secretário de Estado na administração
Truman), Henry A. Kissinger (presi- dente, Kissinger Associates), David Rockefeller
(Chase Bank, JP Morgan Internacional Council), Nelson Rockefeller, Laurance
Rockefeller, Gerald Ford (antigo presidente dos EUA), Henry J. Heinz II (presidente da
H. J. Heinz Co.), príncipe Filipe da Grã-Bretanha, Robert S. McNamara
(secretário da Defesa do presi- dente Kennedy e antigo presidente do Banco
Mundial), Margareth Thatcher (primeira-ministra do Reino Unido), Valéry Giscard
d'Estaing (presidente de França), Harold Wilson (pri- meiro-ministro do Reino
Unido), Edward Heath (primeiro-ministro do Reino Unido), Donald H. Rumsfeld
(secretário da Defesa do presidente Ford e de George W. Bush), Helmut Schmidt
(chanceler da Alemanha Ocidental), Henry Ford III (líder da Ford Motor Co.),
James Rockefeller (presidente, First National City Bank) e Giovanni Agnelli
(presidente da Fiat, de Itália) 8.
Desde o seu aparecimento, o Clube
Bilderberg tem sido admi- nistrado por um pequeno núcleo de pessoas, nomeadas,
desde 1954, por um comité de sábios, que é formado por um presidente
permanente, um presidente americano, um secretário e tesoureiro europeu e
americano. Os convites anuais só são enviados a «personalidades importantes e respeitadas que, através dos seus
conhecimentos especiais, contactos pessoais e influência em círculos nacionais
e internacionais, possam ampliar os objectivos e recursos do Clube Bilderberg».
As reuniões são sempre abertas e nem
sempre consensuais. Durante os últimos três anos, os franceses, britânicos e
americanos chegaram quase a vias de facto em relação ao Iraque. Há dois anos, o
ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Dominique de Villepin, disse
abertamente a Henry Kissinger que se «os Americanos tivessem ao menos dito a
verdade acerca do Iraque, que as verdadeiras razões para a invasão se
relacionavam com o controlo de petróleo e gás natural gratuitos, os Franceses
«talvez não tivessem vetado as suas resoluções 'idiotas' nas Nações Unidas».
«Vocês têm um presidente idiota», acrescentou (citação exacta transcrita por
três pessoas presentes na conferência e confirmada independentemente). «Isso
não significa que o resto do mundo seja estúpido.» Kissinger deu, soturnamente,
meia-volta e saiu. Em Turnburry, na Escócia, Tony Blair, o primeiro-ministro,
foi tratado como um aluno malcomportado em frente aos outros participantes
quando lhe censuraram (num tom muito hostil) não estar a fazer o suficiente
para trazer a Grã-Bretanha para a moeda única. Segundo as fontes de Jim Tucker
(Tucker é um jornalista que adquiriu um estatuto internacional lendário entre
os jornalistas honestos, por ser o homem que anda a perseguir os bilderbergers
há mais de 30 anos), «Blair garantiu ao Clube Bilderberg que a Grã-Bretanha
aderiria, mas tinha de resolver 'problemas políticos', porque 'há um ressurgir
do nacionalismo, a nível interno'». (publicado em Spotlight, 29 de Maio de 1998) «O senhor é uma Maggie Thatcher de calças»,
disse um alemão a Blair. Tratava-se de um lembrete rude de que Lady Thatcher fora apeada de
chefe do governo pelo seu próprio Partido Con- servador, por ordens de
Bilderberg, e substituída por John Major, uma personalidade mais manipulável.
Alguns dos membros da elite ocidental
assistem à reunião de Bilderberg «para embelezar e reforçar um consenso
virtual, uma ilusão de que a globalização, definida segundo os seus termos - o
que é bom para a banca e para as grandes empresas é bom para todos os outros -
é inevitável e para o maior bem da humanidade», segundo John Williams9.
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